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17/07/2023

DR. RESPONDE - Nessa edição, Dr. Edmar explica: Sou transplantado do coração desde 2017 e em 2023 minha mãe foi diagnósticada com Cardiopatia Congênita, está com insuficiência cardíaca. Gostaria de saber se é normal este diagnóstico com idade elevada, poi

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Sou transplantado do coração desde 2017 e em 2023 minha mãe foi diagnósticada com Cardiopatia Congênita, está com insuficiência cardíaca. Gostaria de saber se é normal este diagnóstico com idade elevada, pois ela tem 54 anos? 

  As cardiopatias congênitas podem
se apresentar em muitos períodos
etáreos, desde a vida fetal até a idade
adulta.

  As cardiopatias que se exteriorizam
logo após o nascimento são as mais
graves e se manifestam através
insuficiência cardíaca ou por hipóxia
com cianose disseminada pelo
corpo. São elas representadas pela
Hipoplasia do Coração Esquerdo,
anomalia de Ebstein, Transposição das
Grandes Artérias, Estenoses Valvares
acentuadas, Coarctação da Aorta,
dentre outras.
Nos primeiros meses podem
se manifestar as cardiopatias com
desvios de sangue da esquerda
à direita como a Comunicação
Interventricular, Defeito do Septo Atrioventricular, Drenagem Anômala
das Veias Pulmonares, dentre outras.

  A exteriorização mais tardia,
na juventude e na idade adulta,
também ocorre em cardiopatias cuja
sobrecarga de volume ou de pressão
seja tolerada por mais tempo, como
se sucede com a Comunicação
Interatrial, que se constitui na
cardiopatia com maior sobrevida
média natural.

 Outras anomalias se somam a ela
como todas as de pequena repercussão
que evoluem até a idade adulta como
a Comunicação Interventricular, o Canal
Arterial Patente, Estenoses Valvares,
aórtica e pulmonar, dentre outras. Vale assim se referir de que
a manifestação clínica, mais precoce
ou mais tardia, depende do grau
de repercussão e do tipo da cardiopatia
congênita.

 Na fase adulta, importa a verificação do grau de repercussão da
cardiopatia e de suas manifestações
dinâmicas correlatas, como a
associação com Hipertensão Arterial
Pulmonar e Sistêmica, o grau da
disfunção do coração submetido ao
defeito desde o nascimento, a fim de se
estabelecer a conduta mais adequada,
visando ao tipo de intervenção a ser
adotada. Voga para isso se determinar,
com muitos critérios diagnósticos, o
grau das manifestações para poder
apoiar a conduta programada mais
adequada.

 Em geral, mesmo na idade adulta,
em cardiopatias com insuficiência
cardíaca, arritmias cardíacas e
disfunção miocárdica presente,
as intervenções cirúrgicas ou por
cateterismo intervencionista podem
resultar em grande benefício.



Prof. Dr. Edmar Atik 
Professor Livre-Docente de Cardiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Médico da Cardiologia Pediátrica do Instituto do Coração (InCor) e do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês

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