A
Cardiopatia Congênita é qualquer anormalidade na estrutura ou função do coração
que surge nas primeiras oito semanas de gestação, quando este órgão é formado.
Em todo o mundo, uma em cada cem pessoas nasce com cardiopatia congênita. No
Brasil, vinte e nove mil crianças nascem com cardiopatia congênita por ano, e
cerca de vinte e três mil precisarão realizar alguma cirurgia para tratamento.

Causas da Cardiopatia Congênita

Noventa
por cento da incidência em crianças ocorre durante a gestação, sem fator de risco
comprovado. No entanto, alguns fatores aumentam a chance de problemas de
desenvolvimento cardíaco, tais como:

• Cardiopatias em gestações
  anteriores


• Herança genética


• Uso de antidepressivos


• Uso de anticonvulsivantes


• Uso de drogas ilícitas


• Doenças maternas (diabetes e
  lúpus)


• Gravidez gemelar e
  fertilização in vitro

O
histórico de cardiopatia congênita prévia ou em parentes de primeiro grau
também aumenta a incidência de alterações cardíacas nos bebês.

A
Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que todas as gestantes realizem o
exame de Ecocardiografia Fetal para detectar precocemente qualquer anomalia
cardíaca. A malformação no coração pode ser identificada ainda durante a
gestação, entre 21 e 28 semanas, ou logo após o nascimento, por meio do teste
do coraçãozinho, realizado entre 24 e 48 horas após o parto.

Sintomas

• Em
  recém-nascidos: Dificuldade de mamar, cansaço, coração acelerado, suor excessivo na cabeça e
  nos pés.
  
  
• No
  primeiro ano de vida: Dificuldade de ganho de peso, problemas com o crescimento
  e aparecimento de sopro no coração, cianose (aparência roxa), desmaio, dor no peito e
  palpitações.
  
  
• Em
  crianças: Cansaço excessivo ou
  dificuldade para respirar, infecções respiratórias de
  repetição e ganho de peso insuficiente.
  

Tratamentos

Quando o
diagnóstico é realizado intrauterinamente, o tratamento pode começar ainda na
fase fetal. O tratamento das cardiopatias congênitas pode incluir o uso de
medicamentos e procedimentos como cateterismo e cirurgias. Em alguns casos, é
necessário um transplante de coração.

A Importância da Conscientização

É
essencial que a população esteja ciente dos sinais sugestivos de cardiopatia no
recém-nascido e em crianças para que seja possível realizar o acompanhamento
médico e o tratamento adequado.